terça-feira, 26 de outubro de 2010

Você sabe a real diferença ente light e diet?


Como sempre, a falta de tempo tem me impedido de publicar mais posts aqui no blog, mas sempre que dá eu passo por aqui. Hoje resolvi fazer um breve esclarecimento sobre os produtos light e diet.

A maioria das pessoas e, inclusive eu até pouco tempo atrás, acreditam que os produtos diets são aqueles "sem açúcar", enquanto os lights são os "sem godura". Na verdade não é bem assim.

O termo diet significa que houve a retirada TOTAL de algum nutriente, que não necessariamente será o açúcar. Pode ser retirada total de sal, de gordura ou de algum outro nutriente, como o próprio açúcar. O que acontece, muitas vezes, é que o conceito errado de que diet é sempre "sem açúcar" leva um número muito grande de diabéticos a consumirem produtos que levam o diet na embalagem, mas não são isentos de açúcar e sim de outro nutriente, como sal, por exemplo. Ou seja, pensam que estão consumindo um produto apropriado para eles, quando na realidade não estão.

Por isso, a nutricionista Dra. Roseli Rossi orienta para que todas as pessoas com restrições dietéticas que possuem o hábito de consumir alimentos diets olhem sempre os rótulos e vejam a isenção de qual substância torna o produto diet. Se é o açúcar, o sal, a gordura, enfim...

Já os produtos lights tem redução calórica de pelo menos 25%, ou pela diminuição de gorduras ou de açúcares. Não é necessariamente a ausência de gorduras como se pensa.

Pensando assim, um produto que é diet por isenção de açúcar acaba sendo light, pois se não tem açúcar tem menos calorias e, consequentemente, é light!

Espero que as dicas tenham ajudado!
Até a próxima!!!



Conceito aprendido durante aula no Ambulatório de Obesidade Infantil do HCFMUSP.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Tubérculos: o que são e pra que servem?


Depois de algumas semanas sem postar, retorno com o tema "tubérculos".
Quero me desculpar pela ausência, mas o tempo estava bastante curto por conta das provas e dos seminários que eu precisava apresentar! Além isso, está difícil conseguir um nutricionista que se comprometa em corrigir os meus textos semanalmente e sem falta, o que é perfeitamente compreendido, pois eles devem ter inúmeros afazeres e pouquíssimo tempo disponível. Mas enfim, vou continuar me empenhando para trazer assuntos interessantes e um conteúdo absolutamente confiável!
Então vamos lá!


Quando falamos sobre tubérculos, imagino que vem à mente de todos a famosa batata, afinal, ela é conhecida de todos, combina com quase tudo e é de fácil preparo. Entretanto, outros ingredientes dessa família merecem fazer parte do seu hábito alimentar e você verá o por quê!

Primeiramente, vamos entender no que consiste um tubérculo. Ele é a parte grossa de um caule que cresce debaixo da terra e se comporta como um "órgão" de reserva de energia. Ou seja, eles são boas fontes de carboidratos, que sempre deve fazer parte da alimentação diária por ser a principal fonte de energia para o organismo.

Relativamente mais importante que os carboidratos, essa família de alimentos fornece quantidades significativas de Vitaminas C e B, segundo a nutricionista Mariana Fróes, do Centro Multidisciplinar da Dor. Como já visto em posts anteriores, a Vitamina C tem papel importantíssimo na prevenção de doenças por fortalecer o sistema imunológico e combater radicais livres, enquanto as Vitaminas do complexo B tem importante função no sistema nervoso central. Além dessas, outras vitaminas e minerais estão presentes de forma peculiar em cada tubérculo, como veremos adiante:

Cenoura: Contém grande quantidade de vitaminas A, B e C. Ela ajuda no desempenho dos receptores da retina, auxiliando a visão, além de participar da manutenção de unhas, cabelos e mucosas em geral. É pouco calórica, fornecendo apenas 30 Kcal a cada 100g do alimento.

Beterraba: Fonte de ferro, potássio e ácido fólico (Vitamina B9). O ácido fólico é essencial para o desenvolvimento do feto. Além disso, a beterraba é aliada no combate à anemia e às doenças cardiovasculres. Também possui poucas calorias, sendo cerca de 32 Kcal a cada 100g do alimento.

Nabo: Fornece altas quantidades de Vitamina C, cálcio e potássio. Suas folhas devem ser usadas por conter quantidades altíssimas de betacaroteno, um antioxidante muito poderoso que pode ser convertido em vitamina A pelo organismo. Pouco calórico, contém cerca de 18 Kcal a cada 100g do alimento.

Batata: Rica em vitamina C e em todas as do complexo B, principalmente a B6, atua na formação das células do organismo, além de possuir pequena quantidade de quercetina, uma substância que é anticarcinogência. Mais calórica que as anterioses, oferece 80 Kcal a cada 100g do alimento.

Inhame: Excelente fonte de Carboidratos, Vitaminas do complexo B, cálcio e fósforo. É um alimento de fácil digestão e devido aos minerais presentes, pode ser importante na fortificação de dentes e ossos. Bastante calórico, oferece 97 Kcal em 100g do alimento.

Mandioca: Rica em fibras, também é fonte de licopeno e betacaroteno. É de digestão mais lenta, ajuda no trânsito intestinal. Altamente calórica, possui 125Kcal em 100g do alimento.

Rabanete: Riquíssimo em vitamina C, além de possuir poucas quantidades de ferro e potássio. Promove resistência contra infecções, além de evitar problemas de pele. Pouquíssimo calórico, possui 14 Kcal a cada 100g.

Batata-doce: Rica em vitamina A e carboidratos. Auxilia na saúde das mucosas, previne infecções e auxilia no crescimento. Um pouco calórica, possui 77 Kcal a cada 100g do alimento.


Forma de consumir:

É importante incluí-los na dieta devido às peculiaridades nutricionais de cada um deles. Seria interessante consumir frequentemente um pouco de cada, deixando o prato bem colorido e nutritivo.

Para deixá-los mais saudáveis, é interessante consumir de forma cru, assada, purês, sopas ou cozidos no vapor.

Cenoura, Rabanete e Nabo, que possuem altas concentrações de vitamina C (hidrossolúvel), seria interessante consumi-los crus, em forma de saladas, para não perder a grande oferta de vitaminas durante o cozimento.

Sobre as quantidades, seria interessante incluir sempre um tubérculo na refeição, ou um pouquinho de cada um deles. Se quiser substituir o arroz ou macarrão ou pão por inhame, batata ou mandioca é permitido, segundo a nutricionista Mariana Fróes. Também pode-se diminuir a quantidade de cada um deles, por exemplo: Ao invés se duas colheres de arroz, come-se apenas 1, juntamente com meia batata cozida. Mas, lembrando: é sempre fundamental um acompanhamento nutricional individualizado para saber as necessidades individuais. As dicas apresentadas aqui são gerais, que costumam ser eficientes para os organismos em geral. Mas cada um possui uma peculiaridade que deve ser analisada por um nutricionista e, aí sim, ter orientações mais personalizadas e, com certeza, mais eficientes.

Só mais uma dica, se você diz que não gosta de algum desses tubérculos ou de qualquer alimento, não custa experimentar de novo! Alguém só pode dizer que não gosta de algo depois de experimentar 14 vezes. É natural o paladar estranhar alguns gostos e texturas que não sejam habituais a ele, mas com o tempo acostuma. Tudo vale a pena por uma saúde melhor!

Muito obrigada!!!!

Aproveitem as dicas e até a próxima!





Referências:
- Revista Viva Saúde - Número 90
- http://fnic.nal.usda.gov/nal_display/index.php?info_center=4&tax_level=2&tax_subject=256&topic_id=1342
- http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732003000100002&lng=en&nrm=iso